segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

X E R I M B A B O S
- DESDE que comecei a estar em São Paulo com certa assiduidade, chamou minha atenção o grande número de locais públicos, ruas, etc., com nomes indígenas. Isso vem desde o princípio, quando os padres jesuítas desistiram do colégio de Santo André e fundaram um novo, nos campos do Piratininga. Em novembro passado, lá mais uma vez, lembrei de procurar me instruir a respeito. O resultado foi uma excelente aquisição, na Livraria Cultura da Paulista: "O Tupi em São Paulo - vocabulário de nomes tupis nos bairros paulistanos" da Profª. Vera Lucia Dias (Ed. Plêiade, São Paulo, 2008). Agora eu sei o significado de "anhangabaú", "tucuruvi", "jaçanã", "guarulhos", "Itaquaquecetuba", "bexiga", "Butantã", "Ibirapuera", "Iguatemi" "Carandiru" e tantas mais. Só não conto para vocês porque o trabalho da Vera Lucia Dias merece ser recompensado com a aquisição do pequeno volume, cujo custo é menor que meia-dúzia de cervejas.
- CARMENS: é afinal hoje o centenário de Carmen Miranda, e não ontem, como postei por engano. É que eu estava escrevendo o texto e passava da meia-noite... falar nisso, continua a polêmica a respeito da data exata do nascimento da salada de frutas que ela usava com tanto "donaire" e "aplomb" no côco. Uma corrente de opinião aposta que ela já teria vindo ao mundo assim ornamentada, e outra, chamada "escola da posterior introdução", como diz o nome, em data ulterior. Em defesa da VERDADE, estão já a ponto de se pegarem, como é próprio do ser humano...
A outra Carmen tinha por sobrenome Laforet. Ganhei ano passado um livro chamado "Nada", dessa autora espanhola de quem nunca havia ouvido falar. Maravilhoso romance, que li extasiado. Depois fui descobrir que ela o havia escrito ainda muito jovem, com pouco mais de vinte anos. Eo romance já foi logo (muitíssimo justamente) sendo premiado com o "Nadal", importante galardão literário espanhol. Carmen faleceu de complicações do mal de Alzheimer em fevereiro de 2004, aos oitenta e dois anos. Mas parece que sua filha está seguindo os passos maternos: acaba de sair em Espanha "Música Blanca", de Cristina Cerezales Laforet, pela Ediciones Destino S.A. Rosa Montero leu e adorou. Publicou uma resenha extremamente elogiosa no suplemento cultural "Babelia" (www.elpais.com/suple/babelia/). O emocionado relato dos ultimos tempos da mãe famosa, um "acerto de contas afetuoso". Acho que ainda vamos ouvir muito falar da moça.
- FALAR EM CONCURSO, vai o patrocinado por mim: o primeiro que mandar mensagem eletrônica dizendo o que significa o título de hoje desta miscelânea, ganha um picolé: vamos lá!

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