sábado, 7 de fevereiro de 2009

Essa casa aí foi onde vivi por séculos e séculos da minha infância muito feliz, durante - outro dia fiquei espantandíssimo com essa descoberta - oito anos. É muito complicado fazer essa conta,mas concluí que a relatividade é real e atua em nós, humanos: cada minuto da infância (e da juventude) é vivido como uma eternidade...

Um quintal bem grande, morro acima, várias mangueiras, goiabeiras e até um pé de sapoti; era onde eu e irmãos fazíamos a festa. Ah, e uma criação de galinhas fechada com tela, poleiro coberto e um "viveiro" onde elas podiam chocar em paz. Isso tudo e uma maravilhosa praia a menos de trezentos metros, de ondinhas gentis e areia suave.

3 comentários:

  1. Quis ter a honra de ser o primeiro a enviar uma mensagem. Vou acompanhar.
    E não é que o filósofo Gaston Bachelard escreveu um pequeno livro chamado "A dialética do Tempo" onde dá uma explanação sobre justamente essa 'coisa' do tempo de se espichar e se condensar, que percebeu, segundo ele mesmo, caminhando pelos campos de oliveiras na Espanha, e vendo as fileiras cultivadas intermináveis, e, entre cada uma elas, o espaço vazio de uma alameda.

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  2. Sempre interessante dar o endereço da casa. É no Rio? Ainda estaria de pé?
    Ralph Giesbrecht

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  3. Caro Ralph, a casa foi demolida no final da década de cinquenta. Ficava no Bairro da Freguesia, Ilha do Governador. Naquela época era um "paraíso", hoje superpovoado e corrompido pelo desequilíbrio ambiental consequente. A "praia de ondinhas gentis e areia suave" continua bonita, mas totalmente poluida.

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